Você já deve ter passado em muitos lugares que estavam utilizando madeirite e nem se deu conta!
Lembra daquele prédio em construção? Em que todo o perímetro estava fechado, protegendo tanto o que estava lá dentro quanto as pessoas que passavam em volta?
Pois então! Geralmente essas proteções são em madeirite.
Madeirite
O madeirite é formado basicamente por camadas de lâminas de madeira sobrepostas.
Essas por sua vez são coladas de maneira a atender a diversos esforços mecânicos.
Não apenas como divisórias o madeirite é aproveitado, existem vários tipos e modelos diferentes.
As chapas podem atender desde simples divisórias até assoalhos que necessitem de resistência à cargas ou movimentações.
Portanto cada modelo irá atender a uma solicitação diferente.
O maderite por ser fabricado em lâminas de madeira, não apresenta boa conformação com relação a dobras.
No entanto, facilmente pode ser serrado, furado e preparado para modular diversas formas geométricas.
Utilização do Madeirite
As chapas de madeirite são usadas levando-se em conta suas dimensões e materiais que a compõem.
São empregadas como formas para lajes, muros e colunas.
As fundações em radier também podem ser executadas com chapas de madeirite.
Uma outra utilização está associada aos tapumes de obras, mesmo que nos dias de hoje se utilize muito as telhas trapezoidais, os tapumes também podem ser fabricados com madeirite.
Muitas vezes torna-se necessária à montagem de banheiros, cozinhas, refeitórios e quartos nos canteiros das obras e sem dúvida, a relação custo benefício vinculadas as chapas de maderite são quase imbatíveis.
Modelos de Madeirite
Na sua maioria, as chapas de madeirite são fornecidas com os tamanhos de 110 x 220 cm e espessuras de 20, 18, 14, 10 e 6 mm.
1 – Resinado
Composto de chapas finas unidas por cola.
Essa configuração é sem dúvida a mais barata, no entanto possui baixa resistência a umidade.
A baixa resistência por fim, faz com que as formas de maderite que foram produzidas pelo processo resinado tenha pouca reutilização.
2 – Fenólico
Por sua vez, o madeirite fenólico é colado com cola preta, apresentando uma resistência maior que o resinado.
Essa maior durabilidade e consequente possibilidade de reaproveitamento dos materiais é justamente devido a melhor capacidade de resistência a umidade.
3 – Plastificado
Sem dúvida a principal característica desse tipo de madeirite é a quase total impermeabilidade.
O material é unido por cola fenólica e apresenta uma película de tergofilme.
Esse madeirite é unido também por cola fenólica.
Só que, ao invés de receber pintura rosada (resina), o que lhe protege é a película.
Reaproveitamento
Com certeza o grande trunfo do maderite está associado a possibilidade do se reaproveitamento.
Consequentemente, os orçamentos desenvolvidos devem contabilizar essa situação.
No entanto, mesmo se utilizando dessa referência, de nada irá adiantar se o se manuseio adequado na hora da montagem e desmontagem do maderite não for adequado.
Sendo assim torna-se de suma importância o desenvolvimento de um bom orçamento.
Em síntese ele irá dizer o tipo de material que a obra necessitará, seja para a fabricação de formas, tapumes, revestimentos, assoalhos ou divisórias.
Por exemplo, em alguns casos em que o acabamento se define por estruturas aparentes e lisas, o uso de chapas de maderite ou ainda outros modelos mais bem-acabados reduzirão o retrabalho após a desforma.
Pois se tratar de um insumo do qual a base é a madeira, as chapas de madeirite mesmo possuindo um custo benefício barato, precisam ser utilizadas com sabedoria.
No momento em que essa adequação à reutilização for treinada e fazer parte do dia a dia dos funcionário, o tempo que poderia parecer perdido no cuidado da montagem e desmontagem, seja lá o que for que o madeirite esteja formando, se reverterá em ganhos, isto é, lucratividade.
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Fabiano é Engenheiro Mecânico pós-graduado em Docência do Ensino Superior e especialista na construção de estruturas metálicas de médio e grande porte. Possui experiência na construção civil, principalmente em obras mistas. Defende uma engenharia sistêmica, mais humana e menos cartesiana. Preocupando-se com o estudo das partes que compõem a obra como um todo.