Com o passar do tempo, o ser humano usou o mármore para diversas finalidades. Algumas dessas utilizações são bastante conhecidas, como é o caso das esculturas entalhadas no material por artistas renascentistas.
Quando pensamos com relação ao mármore na arquitetura, contudo, a utilização deste material que mais nos interessa é aquela que acontece na construção civil e na composição de espaços que sejam, de preferência, úteis e agradáveis.
Hoje em dia, é normal visualizar essa rocha sendo utilizada, em razão de algumas propriedades que possibilitam que componha ambientes ao mesmo tempo funcionais e esteticamente admiráveis.
É justamente em razão da frequência de seu uso que é relevante entender a composição dos mármores e como é possível melhor aproveitá-los.
Afinal de contas, o intuito de todo consumidor é sempre comprar – e utilizar nos espaços em uso – materiais que apresentam excelente custo benefício e que se encaixem de forma eficiente no que se espera da sua performance.
Algumas pessoas podem acabar se surpreendendo ao saber que o mármore não é a pedra ideal para o modelo de construção que deseja. Ou que na verdade, é.
Entenda o material
Embora seja o mais popular, o mármore de Carrara não é o único tipo de mármore branco que existe. Outros modelos populares da pedra são: Paraná, Piguês, Especial, Carrarinha, Calacatta, Espírito Santo, Thassos e Prime, por exemplo.
As propriedades de cada um podem variar um pouco de acordo com o local de onde foram extraídos. Da mesma forma como o mármore Travertino, o mármore é uma rocha natural, achada a partir do extrativismo.
Como acontece com esse tipo de capital, o valor geralmente é um pouco mais alto quando comparado aos materiais artificiais, visto que sua oferta não é ilimitada.
Ademais, alguns tipos de mármore utilizados na arquitetura tem o preço ainda mais elevado, pois as pedras podem ter pequenas dissemelhanças em suas propriedades (incluindo aqui dureza e tonalidade) dependendo do local em que foram extraídas.
Como dito anteriormente, a extinção de jazidas também pode ser uma questão significativa para a diversificação de valores de distintos tipos de mármore, assim como a maneira com que a rocha foi extraída.
É possível extrair o mármore de duas formas: por meio de fossas ou bancadas.
O extrativista opta pela maneira de extração, da mesma forma como a zona da pedreira que será explorada, ao identificar o local em que a pedra seja de melhor qualidade e em que consiga fissuras naturais para o arranque.
De uma perspectiva menos mecânica e mais poética, os mármores são pedras metamórficas.
Isto quer dizer, de maneira muito mais simples, que a rocha é composta a partir do acúmulo de calcário, que é transformado profundamente ao ser exposto a certas condições ambientais, principalmente a elevadas temperaturas e distintos níveis de pressão.
É mais comum que o mármore seja achado em locais cuja rocha matriz seja o calcário, onde aconteceu a exposição a elevadíssimas temperaturas, por motivos naturais – um exemplo disso é a erupção vulcânica.
Sugestões de conservação e aplicação
É importantíssimo estar atento aos lugares onde se aplica o mármore e a maneira como a rocha é tratada.
O mármore é considerado um material poroso, de consistência relativamente elevada e, em geral, muito absorvente.
Contudo, como toda rocha natural, necessita adquirir certos cuidados antes de ser aplicado e, em certas situações, é importante dar manutenção na rocha.
Ademais, é importante pensar que o mármore não tem muita resistência a abrasões e à exposição a acidez, por esse motivo, quando se pensa em mármore na arquitetura, não é indicado que seja usado em espaços como cozinhas, onde o mais indicado é o granito.
O mármore se adapta bem em todo tipo de espaço, mas é importante ficar atento aos cuidados recebidos pela rocha: para residências o mármore geralmente funciona bem tanto para acabamento de paredes e pisos quanto para fabricação de peças como mesas, bancadas, etc.
Recomendo somente não utilizar em áreas de serviços e cozinhas em razão da baixa resistência à abrasão.
Já para os espaços comerciais, não é aconselhável utilizá-los em pisos quando houver chance de grande tráfego de pessoas, pois, será preciso uma manutenção de re-polimento constante.
Além disso, para que a pedra não perca sua aparência natural e bela, a prevenção é sempre a melhor forma para conservar.
Desta forma, a melhor opção é manter o material sempre impermeabilizado e protegido.
A limpeza é um ponto muito importante e a sugestão é que ela seja realizada com pano ou bucha macia com detergente neutro e depois passar um pano para secar, não permitindo que a pedra seque sozinha, pois pode acabar manchando.
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Fabiano é Engenheiro Mecânico pós-graduado em Docência do Ensino Superior e especialista na construção de estruturas metálicas de médio e grande porte. Possui experiência na construção civil, principalmente em obras mistas. Defende uma engenharia sistêmica, mais humana e menos cartesiana. Preocupando-se com o estudo das partes que compõem a obra como um todo.