Como é feito o Contrapiso?

Antes de começarmos a falar sobre contrapisos e como são feitos, devemos nos atentar a uma questão, o que é Contrapiso?

Sendo assim, continue lendo esse artigo onde explicaremos tudo o que você precisa saber.

O que é Contrapiso?

Contrapiso é uma camada de 2 a 5 centímetros que ocupa o espaço entre o piso e o chão. Seja ele cerâmico, vinílico ou de madeira.

Ele serve, fundamentalmente, a fim de nivelar o local onde o piso será assentado.

Assim, suavizando grandes imperfeições e evitando problemas de descolamento do piso.

Um contrapiso bem-feito é extremamente importante.

Portanto, se você vê pequenas trincas e rachaduras em seu piso cerâmico ou se seu piso vinílico ou de madeira está descolando e/ou rachando pode ser por conta de um contrapiso com irregularidades.

Tipos de Contrapisos e Materiais Utilizados

Os contrapisos e a forma como são construídos determina as suas funções, sendo que os mais utilizados são:

1. De Argamassa (areia e cimento) é o tipo mais utilizado em residências onde há baixo fluxo de pessoas. É econômico a áreas pequenas por exemplo, casas e residências.
2. Com agregado leve o qual substitui a areia pelos agregados leves assim como argila expandida, escória de alto-forno e vermiculita. Desse modo, esse tipo de contrapiso tem a vantagem de ser leve. Portanto, diminui o peso total da estrutura e atua no isolamento térmico e acústico devido às multicamadas.
3. De Anidrita e agregado miúdo composto de Anidrita, ao invés do popular cimento, e agregado miúdo, geralmente composto de areia e brita. A característica dele é que ele não reduz de tamanho em seu processo de secagem e o baixo custo.
4. Autonivelante é composto, além da argamassa, por um aditivo plastificante, assim, fazendo com que ele se comporte como um fluído, evitando irregularidades. Dessa forma, esse contrapiso tem como vantagem principal a facilidade de instalação.

Como fazer um contrapiso?

As etapas de confecção de um contrapiso são as seguintes:

1ª Etapa: Preparação do Chão

A preparação do chão deve ser feita através da compactação do solo e retirada de possíveis entulhos.

Se acaso não for feita corretamente o piso pode ceder. Assim, causando graves danos ao projeto.

Caso utilizar malha de ferro na sua estrutura use uma lona plástica a fim de evitar o contato desta com o solo.

E não se esqueça de aplicar as taliscas a fim de determinar o nível do contrapiso.

2ª Etapa: Concretagem

A concretagem é a etapa onde o concreto é aplicado para suportar a aplicação do contrapiso em si.

De qualquer modo, ela deve ser pastosa e homogênea.

Depois da secagem (7 dias em média) ela não deve mostrar fissuras e furos que possibilitem ver a estrutura de aço, além de apresentar coloração única, representada pela homogeneidade do material.

3ª Etapa: Aplicação da Argamassa

A aplicação da argamassa do contrapiso é quando a composição deste é definida conforme o especificado no tópico anterior.

Agora deve-se observar a cura completa do concreto e, nos casos dos locais com ralos, o devido caimento.

Este pode ser observado com uma bolinha de borracha colocada do lado oposto ao do ralo (ela deve andar até o ralo, senão o caimento está errado).

Logo após o contrapiso ficar pronto deve-se prestar muita atenção na sua qualidade. Isso se dá devido as suas características físicas; não pode esfarelar ou estar liso.

Rugoso e consistente são as características de um contrapiso bem-feito, caso contrário ele não terá a adesão necessária para colar o piso.

Como calcular os materiais para o Contrapiso?

1. Concreto e Argamassa: Primeiramente é necessário aplicar a fórmula para saber o volume total (em metros) do contrapiso (Volume = Altura x Largura x Profundidade). Logo depois será preciso calcular a proporção ou traço. Ou consultar o rendimento no caso de produtos prontos, e multiplicar pelo volume total para saber a quantidade, em quilos, destes materiais.
2. Aço: Calcule a área o qual será aplicado (largura x comprimento) em metros e divida por 5.

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Eng. Fabiano Alves Xavier

Fabiano é Engenheiro Mecânico pós-graduado em Docência do Ensino Superior e especialista na construção de estruturas metálicas de médio e grande porte. Possui experiência na construção civil, principalmente em obras mistas. Defende uma engenharia sistêmica, mais humana e menos cartesiana. Preocupando-se com o estudo das partes que compõem a obra como um todo.